segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ao fechar as cortinas

A vida é teatro, dividida em atos
me atolo em fatos fazendo minha vida

No primeiro ato apenas me atento em andar com minhas próprias pernas
onde penoso é o primeiro passo quando descobrimos pela primeira vez o que é cair.
Vôo baixo do colchão ao chão tentando mais uma vez me sustentar em pé
com a vontade e a virtude ando em direção ao fim do primeiro ato.
 
Quando reabrem as cortinas me sinto mais forte, e se tiver sorte minha vida não finda
Escolas, amigos, garotas, perigos... Puberdade, problemas da idade!
Te encontro, te quero, te beijo e espero que seja eterno...
Mas temos problemas por coisas alheias, amor imaturo por outra procuro...
 
Quando entro no terceiro ato, o fato que forma minha vida agora,
É o fato de ter alguém como você que me leva pra cama e diz que me ama...
Quer casar comigo criar nossos filhos e fechar esta vida, com a peça que finda
De amor e carinho abraço e beijinho.... Contigo me caso, Me prende ao seu laço!
 
No quarto ato é o clímax, as brigas, a vida, as contas, as multas as putas... a lida!
A paz que se vai, o filho que cresce e nos enlouquece... 
O cabelo embranquece, a ruga aparece, o sorriso murcha, a cara de bruxa....
Mas sobra o abraço... O carinho o traço, os olhos faceiros e o beijo certeiro...
 
Chegamos ao fim... Pois no quinto ato, meu filho é pai, meu neto sagaz... 
Minha velha, é lembrança... meu cachimbo quebrado, sou velho, enrugado...
careca e carente! Sem amor e sem dente! Mas fiz minha parte, mostrei minha arte...
Agora sem rimas, ao fechar das cortinas, minha vida se esvai igual foi meu pai!

Nenhum comentário:

Postar um comentário