segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Queria poder voar...

Queria poder voar, voar tão alto que poderia tocar as nuvens
Sentir se realmente são de algodão e se são doces...
Queria poder voar, voar tão rápido como um pensamento
E estar ao seu lado como num piscar de olhos!
Queria voar até o infinito... Tocar o nada e imaginar você em todos os momentos
Porque só de ter você em minha mente, posso voar até seus braços e abraços
E aí então ficar entre seus pensamentos e sua boca, sua roupa e seus desejos
E então finalmente pousar e repousar em teu colo, e ter seu afago gostoso
Em meus cabelos em cachos emaranhados, que só você acha lindo
Roçar o seu rosto em minha barba crescendo, e deixá-lo vermelho
Tão vermelho quanto seus lábios doces e macios, como as nuvens que eu queria tocar
Para então descobrir que não precisava voar para estar no céu
Precisava apenas de você para voar!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Pra que e por que

Pra que se preocupar? A vida é assim e acaba sempre igual
Por que essa tristeza?  Se cada momento ao meu lado era alegria
Pra que tanto rancor? Seu rosto sisudo entristece minhas tardes
Por que carregar a dor? Enterre-a e use de adubo pra sua felicidade
Pra que escrever poemas? Pra te dizer que mesmo triste pensamos em coisas belas
Por que escrevi pra você? Porque te amo!

domingo, 1 de janeiro de 2012

Colorindo a amizade

Tantos cinzas, tanto cimento
Tanto negro, tanto asfalto
Falta cor, falta luz
Mas não falta você, que me faz sentir as cores do mundo!
A cor é aquilo que nos faz acreditar que a vida é boa.
Cada carinho, sentimento, beijo e até mesmo um sorriso
Cada olhar, afago, abraço e  presença... Mensagem, lembrança!
A sua voz no ouvido falando baixinho o que quero ouvir,
beijo demorado ao canto dos lábios... O beijo no pescoço que arrepia a alma
A amizade e suas cores, tão coloridas que se confundem sentimentos
Tão luminosa que ao passar pelo prisma do beijo colorem a alma.
A alma iluminada pelo sabor de ter alguém como você em meus braços!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pedaço de mim

Faltou um pedaço de mim....
Como a um quebra-cabeças sem peças...
Estou imcompleto e perdido em pensamentos
Esta faltando você!

Falta um pedaço do meu coração...
Minha mente e minhas lembranças dizem isso!
Você deveria estar lá, mas eu não te acho
Dizem até que estou ficando louco...

Penso em você como num sonho...
Uma Loucura de uma noite em claro!
É claro que você era real... Você me deixou marcas...
No corpo e na alma, que chora sua ausência!

Falta você minha criança...
Que cresceu, casou, me deu netos e sumiu
Cadê você meu filho? Choro todas as noites sua falta...
Mas você se foi... e daquele sonho de homem feito, só sobraram lembranças...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Aquela música....

Lembrei de pessoas, momentos, nomes, dias, datas, horas, cores, cheiros, beijos.... e chorei!
Chorei com a batida do meu coração que acompanhava os compassos da bateria triste que marcava a saudade
Chorei como num lindo e triste filme de drama onde o amor é impossível físicamente, mas a mente o vive livre!
Chorei como no nascimento de um filho que queria muito em meus braços...
Aquela música me fez lembrar você... Você e tantos outros amores... e tantos outros amigos e tantas outras saudades....
Aquela música me fez chorar... chorar de dor, saudade, de carinho, de calor....

Mas eu só quero ouvir aquela música até meus olhos secarem. até a última lágrima cair e o pranto cessar
Mas eu só quero ouvir aquela música, pra ter certeza que agora posso seguir em frente.... e deixar pra trás as lembranças...
Boas ou ruins.... que vieram com aquela música!....

Ao fechar as cortinas

A vida é teatro, dividida em atos
me atolo em fatos fazendo minha vida

No primeiro ato apenas me atento em andar com minhas próprias pernas
onde penoso é o primeiro passo quando descobrimos pela primeira vez o que é cair.
Vôo baixo do colchão ao chão tentando mais uma vez me sustentar em pé
com a vontade e a virtude ando em direção ao fim do primeiro ato.
 
Quando reabrem as cortinas me sinto mais forte, e se tiver sorte minha vida não finda
Escolas, amigos, garotas, perigos... Puberdade, problemas da idade!
Te encontro, te quero, te beijo e espero que seja eterno...
Mas temos problemas por coisas alheias, amor imaturo por outra procuro...
 
Quando entro no terceiro ato, o fato que forma minha vida agora,
É o fato de ter alguém como você que me leva pra cama e diz que me ama...
Quer casar comigo criar nossos filhos e fechar esta vida, com a peça que finda
De amor e carinho abraço e beijinho.... Contigo me caso, Me prende ao seu laço!
 
No quarto ato é o clímax, as brigas, a vida, as contas, as multas as putas... a lida!
A paz que se vai, o filho que cresce e nos enlouquece... 
O cabelo embranquece, a ruga aparece, o sorriso murcha, a cara de bruxa....
Mas sobra o abraço... O carinho o traço, os olhos faceiros e o beijo certeiro...
 
Chegamos ao fim... Pois no quinto ato, meu filho é pai, meu neto sagaz... 
Minha velha, é lembrança... meu cachimbo quebrado, sou velho, enrugado...
careca e carente! Sem amor e sem dente! Mas fiz minha parte, mostrei minha arte...
Agora sem rimas, ao fechar das cortinas, minha vida se esvai igual foi meu pai!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sentimática

Tô falando que a família é dotada do bem da escrita!

Esse é do meu irmão!

Sentimática

que se trate de você, existe o querer
Se tratarmos de mim, apenas o fim
Não há continuidade se não houver par
Pois é sabido que um mais um é sempre maior que dois
Mas não ouço a razão... Coração
Se a matemática mente... Sente
se for apenas um, some!
Se for dois, multiplique!
Quando for subtrair, que seja dor e tristeza
Dividir apenas os mesmos sonhos
Fale de amor... Que seja exponencial!


Rafael Duarte Binoeza

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Querer....

Te quero como uma criança quer um doce...
Como a um brinquedo, para poder deixá-la ao meu dispor
Levá-la pra cama como a um urso de pelúcia,
Que em meus braços faço ninar
Como a uma lembrança, e guardá-la junto ao peito
Como a uma música, e não tirar-te do pensamento
Como um sabor, e deixar-te na minha boca por dias
Como a uma cicatriz, permanente em minha pele
Como a uma mulher, e te fazer mulher

Desejo

Curvas de volúpia aflorada
Nos lábios macios e vermelhos
que marcam minha carne
de cores, sabores e segredos

Deslizo entre seus dedos delgados
marcando meu corpo com unhas...
Com garras me agarra e me prende
Em seu SER e PRAZER

Trança suas pernas em meu quadril
Sorri de forma vil esperando minha respiração difícil.
Percebe meu desespero e me aperta mais...
Desabo meu corpo sobre o seu...

Sorri desdenhosamente
Enrosca seus dedos em meu cabelos
Levanta meu rosto e morde minha boca
O doce sangue desce dos meus lábios mostrando todo seu desejo

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Terra Seca

Boa noite meus caros amigos.... Descobri que escrever é de família... segue abaixo poema escrito por minha mãe em 2004... Segue!




Terra Seca


Terra de fartura!
Onde tudo que se planta dá.
Miséria, fome, escravidão, devastação!
Tudo em nome do progresso.

Terra de abundância!
Uns com tanto e tantos sem nada.
Às vezes sinto que preciso gritar
- Meu Deus! Porque tanta destruição?

Onde estão sementes?
Ah! Esses olhares tristonhos, implorando por vida
Como se eu pudesse ser a salvação dessas flores murchas.

Onde estão as flores?
Sinto que estou a secar, rachar…
Quem irá derramar suas lágrimas para molhar meu solo?


Valquiria Duarte Binoeza 05/05/2004